Economia

Desemprego de pretos e pardos continua acima da taxa de brancos

Segundo trimestre fechou com uma taxa de desemprego de 12%; entre pretos elas é de 14,5%

Subemprego: há atualmente no Brasil 19,4 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ (Brazil Photos/Getty Images)

Subemprego: há atualmente no Brasil 19,4 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ (Brazil Photos/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de agosto de 2019 às 14h58.

A taxa de desemprego entre os brasileiros que se declaram brancos (9,5%) permaneceu significativamente abaixo da taxa de desocupação dos autodeclarados pretos (14,5%) e pardos (14,0%) no segundo trimestre. A taxa de desemprego média global no período foi de 12%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No segundo trimestre de 2019, a população desempregada totalizou 12,8 milhões de pessoas.

A participação dos pardos foi de 52,1%; a dos brancos reduziu, 34,7%; e a dos pretos, 12,2%.

"Os pretos, que individualmente não tem proporção tão grande na população, têm a taxa de desocupação mais elevada", ressaltou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento o IBGE.

Outras dados do mesmo levantamento do IBGE mostram que no segundo trimestre, 3,347 milhões de pessoas procuravam trabalho há no mínimo dois anos. O contingente equivale a 26,2% dos desempregados e é o maior patamar para um trimestre desde 2012.

A dificuldade crescente em ingressar no mercado ajuda a explicar os 4,9 milhões de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego) no segundo trimestre. Bahia e Maranhão são os estados onde se concentram a maior parte de pessoas com esse perfil.

Esse contexto também influencia a informalidade, destaca o IBGE.

Há atualmente no Brasil 19,4 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, 11,5 milhões de empregados sem carteira assinada e 873 mil de empregadores sem CNPJ.

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