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Conheça o remédio contra covid-19 que reduz morte e internações em 50%

Estudo com remédio desenvolvido pela farmacêutica Merck & Co foi feito com 775 pessoas e não passou pela revisão de outros cientistas

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Remédio contra covid-19: o estudo contou com pacientes com covid-19 com quadros de brandos a moderados confirmado em laboratório que tiveram sintomas durante não mais de cinco dias (Merck/Divulgação)

Remédio contra covid-19: o estudo contou com pacientes com covid-19 com quadros de brandos a moderados confirmado em laboratório que tiveram sintomas durante não mais de cinco dias (Merck/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 1 de outubro de 2021 às, 09h48.

Última atualização em 1 de outubro de 2021 às, 09h50.

O remédio oral experimental contra covid-19 da Merck Sharp & Dohme (MSD), chamada nos Estados Unidos de Merck & Co, batizado de molnupiravir, diminuiu em cerca de 50% a chance de hospitalização ou morte em pacientes com risco de desenvolver doenças graves, de acordo com os resultados provisórios de testes clínicos anunciados nesta sexta-feira.

A Merck e sua parceira Ridgeback Biotherapeutics planejam solicitar uma autorização de uso emergencial nos Estados Unidos assim que possível, e também encaminhar pedidos a agências reguladoras de todo o mundo. Graças aos resultados positivos, o teste de estágio avançado está sendo interrompido no início por recomendação de monitores externos.

"Isto mudará o diálogo sobre como lidar com a covid-19", disse Robert Davis, executivo-chefe da farmacêutica, à Reuters.

Se autorizado, o molnupiravir, que foi concebido para introduzir erros no código genético do vírus impedindo que ele se reproduza, seria o primeiro antiviral oral para covid-19.

Rivais como a Pfizer e a farmacêutica suíça Roche estão correndo para desenvolver uma pílula antiviral contra covid-19 fácil de usar, mas até agora só coquetéis de anticorpos --que têm que ser administrados por via intravenosa-- estão aprovados para tratar pacientes de covid-19 que não estão hospitalizados.

Uma análise do estudo da Merck com 775 pacientes mostrou que 7,3% dos que receberam molnupiravir foram hospitalizados ou morreram até 29 dias após o tratamento. Entre os que receberam placebo, 14,1% foram hospitalizados ou morreram até 29 dias de testes. Não houve mortes no grupo de molnupiravir, mas houve oito entre pacientes com placebo.

"Tratamentos com antiviral que podem ser tomados em casa para manter pessoas com covid-19 fora do hospital são criticamente necessários", disse Wendy Holman, presidente-executiva da Ridgeback, em um comunicado.

No teste, que recrutou pacientes de todo o mundo, o molnupiravir foi ingerido a cada 12 horas durante cinco dias.

O estudo contou com pacientes com covid-19 com quadros de brandos a moderados confirmado em laboratório que tiveram sintomas durante não mais de cinco dias. Todos eles tinham ao menos um fator de risco associado a uma recuperação precária de doenças, como obesidade ou idade avançada.

A MSD disse que o sequenciamento viral feito até agora mostra que o molnupiravir é eficaz contra todas as variantes do coronavírus, incluindo a altamente transmissível Delta. A empresa disse que as taxas de eventos adversos foram semelhantes em pacientes de molnupiravir e placebo, mas não deu detalhes dos efeitos colaterais.

A Merck disse que pode produzir 10 milhões de doses do remédio até o final do ano. O governo do Estados Unidos firmou acordo para comprar 1,7 milhão de doses do medicamento caso ele seja autorizado pela FDA. A farmacêutica negocia com governos em todo o mundo.

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