Ciência

Camada de gelo marinho na Antártica caiu para níveis recordes em julho

Gelo polar antártico mediu 15,3 milhões de quilômetros quadrados em julho

A camada de gelo flutua na superfície do mar, não incluindo a cobertura da parte terrestre do polo (Anadolu Agency/Getty Images)

A camada de gelo flutua na superfície do mar, não incluindo a cobertura da parte terrestre do polo (Anadolu Agency/Getty Images)

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AFP

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 13h06.

Última atualização em 9 de agosto de 2022 às 13h34.

O serviço de monitoramento europeu Copernicus informou nesta terça-feira, 9, que a camada de gelo sob as águas da Antártica foi reduzida. O mês de julho teve um dos piores níveis detectados em 44 anos de registros via satélite.

O gelo polar antártico mediu 15,3 milhões de quilômetros quadrados em julho, ou seja, 1,1 milhão de quilômetros quadrados a menos que a média do mesmo mês durante o período de 1991 até 2020, uma diminuição de 7%.

Os cientistas utilizam desde 1979 medições de satélite para estudar com precisão a evolução das calotas polares no Ártico e na Antártica.

A camada de gelo flutua na superfície do mar, não incluindo a cobertura da parte terrestre do polo.

Os cientistas detectaram uma diminuição contínua da camada de gelo marinho desde fevereiro de 2022, mesmo sendo inverno durante o mês de julho no Hemisfério Sul.

Normalmente, a camada de gelo diminui durante o verão e é reconstituída no inverno em ambos os polos.

No polo Ártico, durante o verão boreal, a diminuição do gelo marinho no mesmo período foi de 4%.

O serviço Copernicus destacou que julho foi anormalmente seco na América do Norte, América do Sul, Ásia Central e Austrália, enquanto as chuvas foram mais fortes no leste da Rússia, no norte da China e no cinturão tropical da África Oriental até a Ásia.

"Espera-se que ocorram períodos mais frequentes e longos de temperaturas extremamente altas, à medida que as temperaturas globais aumentam", disse em nota Freja Vamborg, uma das responsáveis pelo serviço.

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