Casual

Johnny Depp confessa que é meio bobo com tecnologia

O ator faz um pesquisador de inteligência artificial no filme "Transcendence", mas fala que se sente estúpido com qualquer coisa que faz usando os polegares


	Ator Johnny Depp na estreia mundial do filme "O Cavaleiro Solitário" no parque da Disney em Anaheim, Califórnia
 (Mario Anzuoni/Reuters)

Ator Johnny Depp na estreia mundial do filme "O Cavaleiro Solitário" no parque da Disney em Anaheim, Califórnia (Mario Anzuoni/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2014 às 08h55.

Los Angeles - O ator americano Johnny Depp, que admite ser "old school", se transforma em um semideus tecnológico em "Transcendence", a estreia de Wally Pfister, o diretor de fotografia preferido do diretor Christopher Nolan.

"Acontecem coisas ruins entre mim e a tecnologia e o tempo todo", admitiu hoje o ator de 50 anos durante a apresentação do filme, de estreia nos EUA em 18 de abril, em um hotel de Beverly Hills.

"Não sou suficientemente familiarizado. Meu cérebro é "old school." "Sou um pouco bobo para entender como funcionam (os aparelhos). Qualquer coisa que preciso usar com meus polegares durante um período de tempo me faz sentir estúpido, portanto tento evitar na medida do possível", acrescentou Depp.

O ator vive o pesquisador Will Caster, renomado no campo da inteligência artificial, que trabalha para criar uma máquina com consciência própria que combine a inteligência coletiva global com todo o espectro das emoções humanas.

As experiências controversas lhe depararam grande fama, mas também o transformaram em alvo de extremistas antitecnologia que farão o que puderem para detê-lo. No entanto, quando parecem conseguir, acontece uma série de imprevistos, como o fato de o protagonista alcançar seu objetivo.

"O filme joga com a noção da imortalidade", conceituou Pfister, vencedor do Oscar de melhor fotografia por "A Origem", obra de Nolan, que é produtor executivo do projeto junto com sua mulher, Emma Thomas.

A situação em que o personagem de Depp se vê envolvido provoca um dilema ético e afetivo no que atinge sua esposa Evelyn (Rebecca Hall) e seu melhor amigo, Max (Paul Bettany), que oscilam entre permitir que o experimento siga adiante ou não.

"Uma parte de Caster permanece, e daí vem o desespero desses personagens, por tentar se conectar com ele", explicou Pfister.

À medida que a narrativa avança, os piores medos de Evelyn e de Max se tornam realidade quando descobrem que a sede de conhecimento de Caster não tem limites.

"Will está completamente mergulhado na causa. Se dá conta de que é uma espécie de deus e que não há, portanto, algo mais poderoso que ele na natureza. Pode fazer qualquer coisa", contou.

O roteiro do filme, obra do principiante Jack Paglen, explora a possibilidade de o ser humano, em sua tentativa de criar um mundo melhor, mais eficiente e sustentado, ir longe demais, permitindo que a Inteligência Artificial passe a controlar as sociedades e as culturas.

Para Depp, três vezes indicado ao Oscar, não surpreenderia que o que o filme reflete acontecesse "em 15 anos".

"A tecnologia evolui constantemente e se reconstroi de radicalmente. As coisas ficam obsoletas muito rápido". 

Acompanhe tudo sobre:ArteCinemaEntretenimentoFilmesInteligência artificialJohnny Depp

Mais de Casual

Roku Gin convida 60 bares do Brasil para a criação de drinques inspirados nas quatro estações

Exposição mostra olhar de Sebastião Salgado sobre Revolução dos Cravos

Os 5 melhores filmes e séries para maratonar no fim de semana

Dia das Mães: 7 ideias para incrementar o café da manhã

Mais na Exame