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Vila Madalena ganha edifício todo construído em madeira

Construtech aposta em sustentabilidade e redução de gases de efeito estufa na construção de condomínio de luxo na capital paulista

Casas de madeira são exceção hoje em São Paulo (Bússola/Divulgação)

Casas de madeira são exceção hoje em São Paulo (Bússola/Divulgação)

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Publicado em 10 de outubro de 2022 às 15h30.

Um condomínio construído todo em madeira vai dar ares de sustentabilidade à Vila Madalena em 2023. A Noah, startup que oferece solução para a construção civil a partir da madeira engenheirada, começa a construir no ano que vem, o Arvoredo, um empreendimento com seis casas com aproximadamente 400 m², em um edifício horizontal construído em madeira engenheirada, ou seja, a partir de peças pré-fabricadas que oferecem um tempo de construção otimizado, além de precisão e sustentabilidade.

A construção tem isolamento acústico e térmico, reaproveitamento de águas pluviais, infraestrutura para sistema de aquecimento solar, carregador para carros elétricos, depósitos individuais, infraestrutura para aspiração central, segurança exclusiva e reconhecimento facial para controle de acesso, além de gerador para as áreas comuns e privativas, e louças e metais criados para garantir menor uso de água. O empreendimento começa a ser construído em abril de 2023 e está previsto para ser entregue antes do fim do mesmo ano.

“O Arvoredo é exclusivo sob duas óticas: espaço e experiência. Afinal, além de provarmos para o mercado que é possível construir um empreendimento charmoso, alto padrão e sustentável a partir da madeira, propomos ao morador a experiência de fazer parte de algo completamente novo e tecnológico”, afirma Nicolaos Theodorakis, fundador e CEO da Noah, a construtech que está por trás do projeto.

A madeira é um dos materiais mais antigos utilizados na construção e o único que é renovável e estruturalmente eficiente ao mesmo tempo. Usada como tecnologia construtiva no Arvoredo, a madeira engenheirada, além de traduzir de forma única um novo e moderno jeito de morar, unindo natureza e cidade, garante estabilidade, resistência, sustentabilidade e, sobretudo, velocidade, ao passo que as peças são pré-fabricadas.

Para Theodorakis, o Arvoredo é um novo marco na arquitetura do espaço urbano de São Paulo. “Acreditamos que o lançamento é uma oportunidade de romper barreiras culturais, o famoso ‘ver para crer’. Queremos revolucionar a construção civil no Brasil e mostrar tanto para a sociedade como para os investidores que é possível aproximar as pessoas dos benefícios e bem-estar proporcionados pela madeira, ser sustentável e obter retornos financeiros sólidos, seguros e rápidos”, afirma.

Madeira

Apesar de carregar um estigma, em um país acostumado com construções de concreto, a madeira como matéria-prima tem sido bem vista por investidores. O Banco ABC Brasil é o principal financiador do Arvoredo. “Acreditamos plenamente no investimento em aprimoramento de processos e tecnologias, por isso apoiamos cada vez mais negócios que possuem iniciativas sustentáveis, como a Noah. Nosso objetivo é inspirar e corroborar com a adoção de práticas que impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente”, diz Antonio Ferrari, gerente de Risco Socioambiental do ABC Brasil.

A construção civil está entre os setores responsáveis pela alta emissão de gases que contribuem para o efeito estufa, tendo como principais emissores o aço, o cimento e o concreto. Uma alternativa fundamental para tornar a obra mais sustentável e reduzir as emissões totais da construção é a inserção de madeira engenheirada no processo construtivo. Por se tratar de um material renovável, a madeira possui menor emissão que os materiais de origem não renovável – aço, cimento e concreto –, contribuindo assim para a redução das emissões totais da construção.

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