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Três dicas para promover um ambiente de trabalho mentalmente saudável

Psiquiatra mostra como líderes podem apoiar seus colaboradores nas questões relacionadas à saúde mental

Boa saúde mental dos funcionários faz toda a diferença (Lucy Lambriex/Getty Images)

Boa saúde mental dos funcionários faz toda a diferença (Lucy Lambriex/Getty Images)

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Publicado em 14 de novembro de 2022 às 08h42.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) publicou recentemente um documento com diretrizes globais sobre a saúde mental no trabalho. O material foi produzido em parceria com a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e prevê conscientizar as empresas sobre a importância de criar ações para promover bem-estar emocional e enfrentar rotinas insalubres, como sobrecargas de trabalho, e outros fatores que propiciam sofrimento emocional no ambiente corporativo.

Mas como trazer essas diretrizes para dentro da sua empresa. A Bússola ouviu a psiquiatra Camila Magalhães, cofundadora da Caliandra Saúde Mental, empresa especializada em soluções de cuidados à saúde mental e treinamento de liderança, que listou três ações iniciais:

  1. Treinamentos de liderança: Os gestores têm inseguranças e medos sobre como agir diante de situações de sofrimento emocional, o que é muito natural. Por isso, é indispensável contar com ajuda profissional por meio de treinamentos e gestão de crises. Mas, é importante reforçar que os líderes também precisam de cuidados de saúde mental. “As lideranças não devem tomar toda a responsabilidade para si. Mas agir em conjunto, contando com o apoio de profissionais especializados. Isso deve ser feito tanto por cultura da empresa como para conter os crescentes diagnósticos de problemas de saúde mental”, diz a especialista.
  2. Investimento no letramento em saúde mental: A insegurança afeta a procura por tratamento e desenvolvimento de ações de saúde mental dentro das organizações. As empresas não são à prova de dores emocionais. É preciso entender que investir em letramento em saúde mental dentro das empresas significa quebrar a barreira do estigma, aumentar o conhecimento e a sensibilização e facilitar a busca por tratamento.
  3. Trabalho em parceria: Para que as ações nessa temática sejam eficientes, elas devem ser planejadas em conjunto com a liderança das empresas, certamente considerando a cultura organizacional, a realidade das equipes e também o que já existe em termos de promoção de saúde mental. É preciso construir um ambiente saudável em conjunto. Isso não é competição. É parceria. Por fim, a psiquiatra diz que qualquer problema emocional dentro da equipe não deve ser normalizado.

“Transtornos mentais como burnout, estresse e outros sinais de esgotamento emocional não devem ser tratados como algo natural. É preciso compreender o cenário, atuando de forma proativa, e assumir que a saúde mental no ambiente corporativo é um dever de todos.”

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