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Big Brother Brasil: uma janela para o engajamento social e publicitário

Na coluna deste mês, Kelly Pinheiro e Denis Zanini falam do potencial do reality para gerar engajamento e reconhecimento

O programa proporciona às marcas uma oportunidade única de exposição e associação com valores e emoções, alcançando um público diversificado e engajado (Big Brother Brasil/Divulgação)

O programa proporciona às marcas uma oportunidade única de exposição e associação com valores e emoções, alcançando um público diversificado e engajado (Big Brother Brasil/Divulgação)

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Publicado em 15 de janeiro de 2024 às 15h22.

Por Kelly Pinheiro e Denis Zanini Lima*

Ah, o BBB! Não tem jeito, é uma tradição de virada de ano para nós brasileiros. Todo mundo já está com o controle remoto na mão, pronto para mergulhar nesse universo de confinamento e emoções. 

Ao longo das duas últimas décadas, o reality show se consolidou como um verdadeiro marco cultural, deixando de ser um simples programa de televisão. E não é para menos: ao se transformar em um espelho da sociedade brasileira, refletindo suas dinâmicas, conflitos e aspirações, tornou-se também um espaço de engajamento social e publicitário, uma vez que as situações vividas pelos participantes dentro da casa frequentemente geram debates acalorados nas redes sociais e na mídia, abordando questões como representatividade, diversidade, relacionamentos interpessoais e ética.

Assim, o programa deixou de ser somente uma oportunidade para os participantes, e se tornou uma oportunidade para as marcas encontrarem no BBB uma vitrine única para seus produtos e serviços. Diversas empresas têm aproveitado o alcance massivo do programa para impulsionar suas campanhas e consolidar sua presença no mercado. 

A temporada anterior do BBB exemplifica esse poder de engajamento. Com mais de 142 milhões de pessoas alcançadas, o programa atingiu cerca de 70% da população brasileira, demonstrando sua capacidade única de se conectar com diferentes camadas sociais.

Como as marcas podem se preparar para os debates do programa?

Compreendendo que cada edição se distingue por suas características únicas, é imperativo que as marcas estejam constantemente preparadas para as variadas discussões que podem surgir durante o programa. Esse desafio torna-se ainda mais premente, especialmente considerando o alcance expandido do reality para além da tela tradicional, incorporando as dinâmicas das redes sociais e a propagação do streaming. 

Nesse contexto, as empresas precisam orientar suas estratégias de participação, mantendo uma vigilância atenta sobre o desenvolvimento do mesmo. A análise contínua permitirá a identificação de oportunidades para integrar-se de maneira significativa nas conversas em curso.

O segredo? Oportunidades geram grandes cases de sucesso. Como não citar a Americanas, que já nos primeiros dias de programa do BBB22, registrou resultados significativos, principalmente após protagonizar a primeira prova do líder? O balanço da empresa mostrou que, na época, houve um crescimento de mais de 60% na utilização de cupons no aplicativo da empresa, em comparação com a primeira ação feita por eles na edição de 2021.

Outros grandes players como Mercado Livre, Avon, Brasken, Rexona, SuperBonder, iFood, Carrefour, entre outros, encontraram no BBB uma oportunidade de exposição ímpar. A diversidade de setores dessas marcas evidencia a amplitude do público alcançado pelo programa, proporcionando visibilidade tanto para produtos de consumo quanto para serviços variados.

Quais marcas estão em busca de se tornarem cases de sucesso este ano?

A edição deste ano estreou com todas as cotas de patrocínios comercializadas, já superando R$ 1 bilhão em faturamento, com grandes players como Ifood, Latam, CIF, Ademicon, Amstel, Chevrolet, Downy, Esportes da Sorte, Hypera Pharma, McDonald's, Mercado Livre, Pantene, Rexona, Seara e Stone. 

Além destas, também existem as marcas parceiras em visualizações e dinâmicas, como Kwai no “Turbinada do Líder”, Oi no “Cine BBB”, Delícia e Nestlé no “Tá na mesa” e Electrolux no “Mercado”.

Recentemente, a WMcCann apresentou o relatório “Radar BBB”, que traz insights sobre a audiência e ações mais impactantes das últimas 24 horas do programa. Já no segundo dia, a atração deteve mais de 46% do share de audiência entre as emissoras de TV Aberta. 

Em última análise, o Big Brother Brasil transcende as fronteiras do entretenimento televisivo, tornando-se um fenômeno cultural que influencia e reflete a sociedade brasileira. Sua capacidade de engajar o público e gerar debates impactantes é um testemunho do seu papel na formação da opinião pública.

Além disso, o programa proporciona às marcas uma oportunidade única de exposição e associação com valores e emoções, alcançando um público diversificado e engajado. As estratégias de patrocínio bem-sucedidas, como as mencionadas, demonstram como o programa se tornou não apenas um espaço de entretenimento, mas também um ambiente propício para a construção de imagem e conexão emocional com os consumidores.

*Kelly Pinheiro é jornalista e fundadora e sócio-diretora da Mclair Comunicação.

*Denis Zanini Lima é CEO da Ynusitado Marketing Digital Intelligence.

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