Acompanhe:

Secretário "olavista" é cotado para assumir o Ministério da Educação

Indicação atenderia ao desejo da ala ideológica do governo. Demissão de Weintraub é um aceno para os outros Poderes, que pressionam pela saída do ministro

Modo escuro

Continua após a publicidade
Ministério da Educação: STF e Congresso pressionam pela saída do ministro Weintraub (José Cruz/Agência Brasil)

Ministério da Educação: STF e Congresso pressionam pela saída do ministro Weintraub (José Cruz/Agência Brasil)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de junho de 2020 às, 08h40.

Última atualização em 18 de junho de 2020 às, 14h41.

O presidente Jair Bolsonaro estuda nomear o secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim, para o lugar de Abraham Weintraub no comando do Ministério da Educação. A exemplo de Weintraub, Nadalim é seguidor do guru bolsonarista Olavo de Carvalho e defensor do homeschooling - a educação domiciliar, sem precisar, necessariamente, da escola regular.

A solução caseira atenderia ao desejo da ala ideológica do governo de ter um substituto que agrade à base bolsonarista. A demissão de Weintraub é um aceno para uma pacificação com o Supremo Tribunal Federal e com o Congresso, que pressionam pela saída do ministro.

A situação de Weintraub já era considerada insustentável para uma parte do governo, mas piorou após ele se reunir, no domingo passado, com manifestantes bolsonaristas. O grupo desrespeitou uma ordem do governo do Distrito Federal que proibiu protestos na Esplanada dos Ministérios. O anúncio da demissão deve ser feito hoje pelo presidente.

Uma das possibilidades aventadas no Palácio do Planalto é Nadalim assumir de forma interina, dando tempo para que Bolsonaro encontre um nome para comandar a pasta de forma definitiva. Assim, o presidente repetiria o que fez no Ministério da Saúde, onde nomeou o general Eduardo Pazuello.

Nadalim é apontado com um dos articuladores da demissão de Ricardo Vélez Rodríguez, antecessor de Weintraub. Na época, militares e olavistas disputavam cargos na pasta. Com a chegada de Weintraub, os ideológicos ganharam poder.

Weintraub, que é economista, deve assumir um cargo num banco no exterior. O ministro tem o apreço da família Bolsonaro e o presidente busca uma saída "sem traumas" para o auxiliar. O desfecho, segundo auxiliares do Planalto, foi costurado em conversas reservadas entre o presidente e o ministro.

Ontem, Weintraub não participa da cerimônia de posse dos ministros Fábio Faria (Comunicações) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). Estiveram presentes o presidente do STF, Dias Toffoli, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes do Centrão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas Notícias

Ver mais
Pé-de-Meia: estudantes nascidos em março e abril recebem hoje R$ 200
Brasil

Pé-de-Meia: estudantes nascidos em março e abril recebem hoje R$ 200

Há um dia

Lula entrega cartões de 1ª parcela do Pé-de-Meia e defende investimentos na educação
Brasil

Lula entrega cartões de 1ª parcela do Pé-de-Meia e defende investimentos na educação

Há 2 dias

Novo Ensino Médio: o que muda com o projeto aprovado na Câmara
Brasil

Novo Ensino Médio: o que muda com o projeto aprovado na Câmara

Há 6 dias

Encontrados os 261 móveis do Palácio da Alvorada que Lula disse terem sido levados por Bolsonaro
Brasil

Encontrados os 261 móveis do Palácio da Alvorada que Lula disse terem sido levados por Bolsonaro

Há uma semana

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais