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Paraíba prefere racionamento a usar a reserva

Na região de Campina Grande, o açude Epitácio Pessoa, que abastece mais de 500 mil habitantes, sofre há três anos consecutivos com a seca


	Seca: governo da Paraíba estuda implantar plano de racionamento para não utilizar o volume morto
 (Nacho Doce/Reuters)

Seca: governo da Paraíba estuda implantar plano de racionamento para não utilizar o volume morto (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 08h53.

São Paulo - A crise de estiagem que pegou de surpresa gestores públicos e mais da metade da população paulista é uma realidade quase onipresente no agreste paraibano.

Na região de Campina Grande, semiárido nordestino, o açude Epitácio Pessoa, que abastece mais de 500 mil habitantes, sofre há três anos consecutivos com a seca e está com 30% da capacidade.

Mas, ao contrário do que tem sido feito em São Paulo, o governo da Paraíba estuda implantar plano de racionamento para não utilizar o volume morto do reservatório.

"Já estamos há três anos sofrendo constantemente com a seca. Vamos aguardar os próximos 30 dias para ver se será necessário mesmo entrar no racionamento para chegarmos até dezembro, quando acreditamos que o açude deve receber uma recarga (chuva).

Estamos fazendo de tudo para não usar o volume morto", disse Simão Alemida, gerente regional da Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa). Na última medição, semana passada, o reservatório Epitácio Pessoa estava com 124 bilhões de litros. A capacidade máxima é de 411,6 bilhões e o volume morto tem ao todo 40 bilhões.

Segundo estudo da Agência Nacional de Águas (ANA), o açude perde 11 bilhões de litros por mês e pode entrar em colapso até novembro. A redução diária do nível do reservatório trouxe à paisagem um conjunto de ilhas que antes ficavam submersas.

Segundo o gerente executivo de operação de mananciais da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), Gerald Norbert Sousa da Silva, a situação em Campina Grande ainda está melhor que a da Grande São Paulo.

"O nosso caso está bem parecido com o de São Paulo, mas ainda temos uma margem maior para trabalhar. Se não chover o esperado na próxima temporada, vai ficar igual. Por isso, estão estudando algumas medidas preventivas. Em 1997, por exemplo, quando tivemos a última pior seca, o racionamento foi obrigatório", afirmou Silva.

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