Acompanhe:

Secretária de Mulheres é suspeita de desviar R$ 4 milhões

Fátima Pelaes é investigada pelo Ministério Público Federal por um desvio de R$ 4 milhões de emendas parlamentares

Modo escuro

Continua após a publicidade

	A secretária nacional de políticas para as mulheres, Fátima Pelaes, e o presidente provisório, Michel Temer
 (Fotos Públicas)

A secretária nacional de políticas para as mulheres, Fátima Pelaes, e o presidente provisório, Michel Temer (Fotos Públicas)

D
Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2016 às, 19h52.

Nomeada secretária de Mulheres do governo interino de Michel Temer nesta sexta-feira (3), Fátima Pelaes é investigada pelo Ministério Público Federal por um desvio de R$ 4 milhões de emendas parlamentares, de acordo com a Folha de São Paulo.

O esquema foi revelado pela Operação Voucher, em 2011. Pelaes foi citada no escândalo ligado a uma ONG fantasma que havia celebrado convênio com o Ministério do Turismo.

Presidente do PMDB Mulher e deputada por cinco mandatos, Fátima apareceu ao lado de Temer no lançamento do plano de combate à violência contra a mulher nesta semana, apesar de ainda não ter sido nomeada no governo federal.

De acordo com as investigações, a peemedebista teria indicado uma ONG fantasma chamada Ibrasi para receber R$ 4 milhões de suas emendas para promover o turismo no Amapá. Na época, quatro depoimentos a apontaram como beneficiária de parte do dinheiro.

"Toda essa articulação criminosa contou com a participação da deputada federal Fátima Pelaes, que constantemente se reunia com servidores do Ministério do Turismo para agilizar a liberação das verbas do convênio", escreveu em 2012 o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

No inquérito aberto em 2013 pelo Supremo Tribunal Federal e devolvido à Justiça Federal do Amapá no ano passado depois que Pelaes deixou de ser deputada, os sigilos fiscal, bancário e telefônico da futura secretária foram quebrados.

De acordo com a PGR, Pelas teria ainda escolhido as pessoas que ministrariam os cursos oferecidos no âmbito do convênio, que aparentemente sequer foram realizados. Dessa foram, tais pessoas poderiam prestar depoimentos falsos futuramente.

A investigação partiu de uma auditoria Tribunal de Contas da União (TCU) segundo a qual a ONG não tinha condições de executar o contrato.

O inquérito sobre Fátima Pelaes poderá se transformar em denúncia à Justiça ou ser arquivado.

Pelaes afirmou à Folha, por meio da assessoria: "Eu confio no trabalho da polícia e da Justiça e estou tranquila de que tudo será esclarecido".

Desvios para igreja

Um dos braços da Operação Vaucher revelou que a empresa fantasma Conectur, que teria recebido a verba e repassado à então deputada, funcionava na Assembleia de Deus Casa de Oração do Betel.

Na época, o pastor Wladimir Furtado, disse tinha o convênio de R$ 2,5 milhões com o Ministério do Turismo por ser “turismólogo” e negou que o dinheiro teria sido direcionado à peemedebista.

Em depoimento à Polícia Federal, Hellen Luana Barbosa da Silva, sócia da Conectur, confirmou que a então deputada ficou com o dinheiro do contrato para abastecer o caixa da campanha de reeleição.

Pelaes nega as acusações.

Últimas Notícias

Ver mais
PSDB pode integrar minha campanha à prefeitura de SP, diz Tabata Amaral
Brasil

PSDB pode integrar minha campanha à prefeitura de SP, diz Tabata Amaral

Há 16 horas

Quem foi a 'Bruxa de Wall Street', que se tornou a mulher mais rica do mundo
seloMercados

Quem foi a 'Bruxa de Wall Street', que se tornou a mulher mais rica do mundo

Há 17 horas

Reflexões de uma economista sobre as implicações na carreira da mais feminina das decisões
ESG

Reflexões de uma economista sobre as implicações na carreira da mais feminina das decisões

Há 18 horas

Análise do Alon: propósito e pertencimento, os dois pês
Um conteúdo Bússola

Análise do Alon: propósito e pertencimento, os dois pês

Há 19 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais