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Desaprovação de Bolsonaro volta a subir e está em 53%, diz EXAME/IDEIA

A um ano do primeiro turno da eleição, avaliação negativa é a pior para um candidato à presidência que vai tentar um novo mandato

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 22 de outubro de 2021 às, 06h45.

Última atualização em 22 de outubro de 2021 às, 11h16.

O número de brasileiros que avalia a gestão do presidente Jair Bolsonaro como ruim ou péssima é de 53%, segundo dados da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA. Quem acha o trabalho do presidente ótimo ou bom são 23%, e regular, 21%. O recorde de desaprovação foi registrado em julho, quando 57% avaliaram o governo negativamente.

A pesquisa EXAME/IDEIA ouviu 1.295 pessoas entre os dias 18 a 21 de outubro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

Para Maurício Moura, fundador do IDEIA, este patamar é muito perigoso para um potencial candidato à reeleição. A um ano do primeiro turno das eleições, a conversão de avaliação negativa em positiva tende a ser muito mais difícil. Na série histórica, a parcela da população que o avalia como regular - mais propensa a mudar de opinião - vem caindo desde o começo do ano.

“Aprovação de Jair Bolsonaro, apesar de bastante resiliente na casa de 25%, no histórico é bastante inferior aos pares dele que conseguiram a reeleição no Brasil pós-redemocratização, como Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Bolsonaro tem duas variáveis bastante preocupantes para uma possível reeleição: forte rejeição refletida no avaliação ruim, e baixa aprovação”, explica Moura.

Auxílio em período eleitoral

Com o fim do auxílio emergencial em outubro, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação do Auxílio Brasil - substituindo o Bolsa Família - a partir de novembro, no valor de 400 reais. A grande questão era o financiamento, já que o governo precisa cumprir o teto de gastos para não cair em crime de responsabilidade fiscal.

Durante a abertura do Melhores e Maiores 2021, da EXAME, realizado nesta quarta-feira, 20, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o programa será transitório, até o fim de 2022, coincidindo com o período eleitoral e o fim do mandato de Bolsonaro. E o dinheiro virá do aumento da arrecadação.

No início do pagamento do auxílio emergencial no meio do ano passado, na época com valor de 600 reais, o governo viu a avaliação positiva subir, e chegar a 40%. Mas conforme os valores das parcelas foram caindo, a desaprovação aumentou.

As pessoas que ganham até um salário mínimo são as que mais avaliam o governo como regular - 25%. É justamente esta parcela a mais impactada pelo auxílio, e mais propensa a mudar a avaliação para boa ou ótima, segundo Maurício Moura, fundador do IDEIA.

Apoio dos evangélicos tem leve subida

Em maio deste ano o Bolsonaro chegou a perder apoio dos evangélicos, sua base mais fiel, mas recuperou nesta última pesquisa EXAME/IDEIA. Segundo a sondagem, aqueles que o avaliam como ótimo ou bom somam 39%, e os que afirmam que o governo é péssimo ou ruim são 33%. Apesar disso, ainda está longe dos 45% de apoio que chegou a ter.

Ao analisar por região, o presidente continua com o apoio do Norte (35% avaliam como ótimo ou bom), e no Centro-Oeste (27% avaliam como ótimo ou bom). A maior reprovação está no Nordeste, com 55% que o avaliam como ruim ou péssimo.

CPI pede indiciamento do presidente

Na última quarta-feira, 20, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), leu seu relatório final após seis meses de trabalho na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. O texto atribuiu ao presidente nove crimes, entre eles está infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime e falsificação de documento particular.

Na semana que vem, os membros da CPI votam o texto e encaminham o relatório às autoridades competentes, como a Câmara dos Deputados e o Ministério Público Federal. Os senadores ainda preparam um pedido de impeachment que deve ser entregue junto com a conclusão da comissão.

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