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Carlos Bolsonaro participou de reunião com a Pfizer no Planalto, diz CEO

Em depoimento que contradiz falas de Wajngarten, o ex-presidente da farmacêutica conta que Carlos e Filipe Martins estiveram em encontro sobre vacinas

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Vereador Carlos Bolsonaro (Câmara do RJ/Divulgação)

Vereador Carlos Bolsonaro (Câmara do RJ/Divulgação)

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Alessandra Azevedo, de Brasília

Publicado em 13 de maio de 2021 às, 14h09.

Última atualização em 13 de maio de 2021 às, 14h16.

O ex-presidente da Pfizer no Brasil Carlos Murillo afirmou nesta quinta-feira, 13, que o vereador Carlos Bolsonaro participou de reunião com representantes da farmacêutica e o ex-secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten. O encontro, que tratava de vacinas contra a covid-19, aconteceu em 7 de dezembro, no gabinete da Secom, no Palácio do Planalto.

Segundo relatório do encontro, lido por Murillo em depoimento à CPI da Covid, Wajngarten recebeu uma ligação telefônica após aproximadamente uma hora de reunião e saiu para atendê-la. Minutos depois que ele voltou, entraram na sala de reunião Carlos Bolsonaro e Filipe Martins, assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência.

Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, é vereador no estado do Rio de Janeiro e não ocupa nenhum cargo oficial no governo. Martins, próximo à família Bolsonaro, é conhecido por ter sido alvo de inquérito da Polícia Legislativa do Senado após ter feito gesto de conotação racista em uma audiência pública, em abril.

O depoimento do representante da Pfizer vai de encontro com o que afirmou Wajngarten à CPI, na quarta-feira, 12. Na ocasião, o ex-secretário disse não ter proximidade com Carlos Bolsonaro, após ter sido questionado repetidas vezes sobre o assunto pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Renan perguntou com que frequência Wajngarten falava com o vereador. A resposta foi “nenhuma frequência”. O ex-secretário afirmou que “não falava” com Carlos e que “cabe numa mão” o número de vezes que eles interagiram. “Durante a minha gestão, Carlos Bolsonaro deve ter frequentado a Secom duas ou três vezes em dois anos”, disse.

Perguntado se eles tinham contato telefônico, Wajngarten respondeu que “muito menos” conversavam por telefone. “Minha origem é São Paulo, da qual o deputado Eduardo Bolsonaro me conhecia. Eu nunca tive contato com o filho do presidente, do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro”, reforçou. Ele também negou que Carlos tivesse alguma função no Planalto. “Nunca teve”, disse.

A fala de Murillo, no entanto, reforça parte do depoimento feito por Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, à CPI, no qual ele afirma que o presidente Jair Bolsonaro tinha um "assessoramento paralelo" para tratar de questões relacionadas à pandemia. Segundo ele, havia reuniões com pessoas que não faziam parte da equipe da Saúde e defendiam uso de medicamentos sem eficácia comprovada, como cloroquina.

 

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