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"Mandetta fez o que, como médico, achava que devia", diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve uma conversa "bastante produtiva" com o médico e que ele sairia de comum acordo com o Executivo

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Pronunciamento Bolsonaro (TV Brasil/Reprodução)

Pronunciamento Bolsonaro (TV Brasil/Reprodução)

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Ligia Tuon

Publicado em 16 de abril de 2020 às, 17h33.

Última atualização em 16 de abril de 2020 às, 18h58.

Logo após anunciar a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve uma conversa "bastante produtiva" com o médico e que ele sairia de comum acordo com o Executivo: "Mandetta fez o que, como médico, achava que devia", disse o presidente em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.

"Ao longo desse tempo, a separação cada vez mais se tornava uma realidade (...) Foi um divórcio consensual", disse Bolsonaro. Durante a fala do presidente, vários bairros de São Paulo registraram panelaços.

Mandetta também se prontificou, segundo Bolsonaro, a participar de uma transição, "a mais tranquila possível e com a maior riqueza de detalhes", disse. O médico oncologista Nelson Teich passará a liderar a pasta da Saúde.

Pelo Twitter, Mandetta já havia anunciado sua saída: "Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde", disse. O agora ex-ministro também agradeceu sua equipe e a sua passagem pelo Ministério. Em coletiva de imprensa, na sede da pasta, Mandetta reforçou sua defesa pela "ciência".

Em seu discurso, Bolsonaro aproveitou para dizer também que o Executivo não poderá ser responsabilizado pelos efeitos das políticas de isolamento anunciadas nos estados. Para o presidente, que voltou a citar a palavra histeria no contexto de combate à doença, a medida deve ser flexibilizada aos poucos.

"O que conversei com o doutor Nelson é que gradativamente nós temos que voltar à normalidade. Essa grande massa de humildes não tem como ficar presa em casa. E o governo não tem como manter esse auxílio emergencial ou outras ações por muito tempo", disse Bolsonaro.

O presidente reclamou ainda do fato de não ter sido procurado pelos governadores sobre as políticas de confinamento: "Devemos tomar medidas para evitar a proliferação do vírus, mas que não atinjam a liberdade e as garantias".

A decisão dos mandatários de fechar o comércio de bens não essenciais enquanto a Covid-19 não é controlada segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e vem sendo seguida pela grande maioria dos países.

Ao fim do seu discurso, o presidente disse que, antes da pandemia, o Brasil "estava voando" e que tinha tudo para dar certo num curto espaço de tempo. Apesar de ter passado por mudanças estruturais importantes no ano passado, como a trazida pela aprovação da reforma da Previdência, a economia desacelerou no quarto trimestre, levando o crescimento anual ao nível mais baixo em três anos. Os dados sobre a atividade no início de 2020, antes da pandemia, também não foram animadores.

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