Economia

No comércio exterior, China se aproxima da Rússia

Nesta sexta-feira, o país deve apresentar um saldo positivo de 48 bilhões de dólares na equação de exportações e importações no mês de agosto

VLADIMIR PUTIN E XI JINPING: Rússia e China têm aumentado rapidamente o volume de trocas comerciais, enquanto Estados Unidos defendem o fechamento (reg Baker/Getty Images)

VLADIMIR PUTIN E XI JINPING: Rússia e China têm aumentado rapidamente o volume de trocas comerciais, enquanto Estados Unidos defendem o fechamento (reg Baker/Getty Images)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 07h28.

A balança comercial da China anda devagar — para os padrões chineses, é claro. Nesta sexta-feira, o país deve apresentar um saldo positivo de 48 bilhões de dólares na equação de exportações e importações no mês de agosto, mesmo resultado que apresentou em agosto do ano passado. Porém, há algo que a estabilidade nos números não mostra: enquanto os Estados Unidos tentam diminuir seu peso nessa balança, a Rússia ganhou espaço como parceira comercial.

No primeiro semestre deste ano, as exportações da China para a Rússia aumentaram 22%, chegando a 19 bilhões de dólares em junho; as importações também estão em alta, e cresceram 29%, chegando a 20 bilhões de dólares no mês de junho. A expectativa dos dois países é de que as trocas cheguem até 80 bilhões de dólares até o final do ano, ante 69,5 bilhões comercializados no ano passado.

Enquanto isso, o déficit comercial dos Estados Unidos com a China chegou a seu maior nível do ano em julho, com um saldo negativo de 33,6 bilhões de dólares — o que significa que os americanos estão importando muito mais produtos chineses do que exportando para o país. Foi o maior déficit desde agosto de 2016, e o suficiente para o presidente Donald Trump ter ordenado a reorganização do Nafta, acordo comercial com Canadá e México, e ter ameaçado romper o acordo de livre comércio com a Coreia do Sul.

O presidente americano acusa a relação comercial com a China de ser a causa da perda de empregos nas fábricas americanas, uma vez que as empresas decidiram migrar suas plantas para solo chinês e exportar seus produtos para os americanos. Além disso, Trump tem ameaçado investigar práticas desleais do comércio chinês. Tudo isso num momento em que os Estados Unidos precisam mais do que nunca dos chineses, para tentar conter a escalada militar com a Coreia do Norte. Enquanto Trump pragueja, os chineses olham para o norte.

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